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segunda-feira, 9 de julho de 2018

Jornalismo: pergunta de retórica

Quando a Ponte de Castelo de Paiva caiu, levando consigo 59 vidas, quantos jornalistas tailandeses é que vieram a Portugal cobrir o evento, com reportagens no local e diretos para as televisões? E durante quantos dias seguidos é que as televisões tailandesas só passaram nas suas televisões as imagens da queda da ponte portuguesa? 
E quando foi a Maddy que desapareceu? Também vieram cá jornalistas tailandeses fazer diretos e reportagens para as televisões falando dos Mccann e dos filhos, e de todos os indícios e suspeitas que estavam a ser alvo, porque naquela altura nada mais interessa saber aos tailandeses que a menina inglesa desaparecida?
E aquando das enchentes na Madeira que mataram 42 pessoas? E nos incêndios do ano passado?
Será que sempre que acontece alguma coisa em Portugal de relevo, também vêm para cá jornalistas armados em repórteres para que os tailandeses saibam tudo sobre o que se passa em Portugal?

Para já era só isto que queria saber. Obrigado. 

domingo, 25 de junho de 2017

Os Culpados do Incêndio de Pedrógão Grande

Tenho fugido das notícias sobre o incêndio de Pedrógão Grande como o Diabo da cruz! Mas digo-vos que não tem sido fácil! Basta abrir um qualquer site de um jornal, que de imediato levamos, no mínimo, com uns trinta artigos sobre o incêndio! Tenho de ser mesmo muito rápido no rato para não tropeçar numa qualquer desgraça pessoal. E depois também não é muito fácil escapar às notícias no local de trabalho apesar de, quando alguém me vem com o assunto, lá digo que não sei de nada sobre o incêndio, nem quero saber. Ainda assim, lá fiquei a saber que a Judite de Sousa andou ao chuto a um cadáver - suponho que, para estar verdadeiramente em cima da notícia! - ou que uma família, minutos antes de morrer queimada, tinha colocado no Facebook uma qualquer imagem romântica. Sim, informação  completamente irrelevante e desnecessária. 

Por isso, genericamente, acho que devo ser o português menos informado sobre o incêndio de Pedrógão Grande, desde logo porque não tenho televisão, não estou no Facebook, e não consumo todas aquelas noticiazinhas sensacionalistas, macabras e deprimentes que os nossos média são pródigos em difundir.



E como sempre, após uma desgraça como esta, lá vêm agora, comentadores ou políticos fazendo demagogia - ainda por cima a quatro meses de eleições - tentando retirar proveitos políticos, como verdadeiros soldados com as metralhadoras descontroladas, disparando em todas as direções, mas nunca disparando contra si mesmos.

Mas querem mesmo saber quem são os verdadeiros responsáveis pela tragédia do incêndio que vitimou 64 pessoas? Eu digo-vos!

Se toda a gente aponta a trovoada como a fonte de ignição do incêndio que vitimou 64 pessoas, então, processe-se desde logo Santa Bárbara, pois ela é a protetora das trovoadas. Seria da sua responsabilidade, desviar o raio para um sítio que não causasse danos de maior. E isto levo-nos ao óbvio São Pedro, como responsável máximo pela meteorologia. Num dia de altas temperaturas, mandar uns relâmpagos sobre um pinhal? Cadeia com ele!
Depois, também responsável, é a Nossa Senhora de Fátima que é da diocese de Leiria, distrito a que pertence Pedrógão Grande e que nada fez pela sua terra, apesar dos milhões de crentes que ainda lá estiveram o mês passado a rezar. Para que é que precisamos de um santuário e de uma santa milagreira, que sabe coisas - segredos! - se depois não faz nada por ninguém, nem pelas próprias pessoas que são da sua diocese?
E como tal, junte-se também ainda como responsáveis os Pastorinhos de Fátima, um vez que já são santos há um mês, e na sua primeira oportunidade que tiveram de fazer o seu trabalho, não fizeram qualquer milagre para evitar a tragédia – e afinal para que é que nós precisamos de santos se não sabem sequer fazer milagres? E se os santinhos falharam, isto leva-nos ao Santo Papa, pois foi ele que os ordenou santos, e que como se viu, não estavam ainda minimamente preparados para o alto cargo que a santidade lhes exige. Cadeia com o Papa também!

Em último lugar Deus, como responsável máximo por tudo aquilo que de mal criou, a começar, desde logo, pela humanidade.