O dia 8 de Março é para lembrar as desigualdades que ainda existem entre homens e mulheres, quer salariais, quer divisão de tarefas, quer na igualdade de oportunidades, e não tanto para lhes oferecer flores ou levá-las a comer fora.
Posto isto, dizer que gostei muito da entrevista que a Luísa Sobral deu à Visão desta semana, em que se falou do seu livro "Nem todas as árvores morrem de pé", inspirado no suicídio combinado de um casal alemão que vivia em Real Real.
A determinada altura da entrevista falou-se do crescimento da extrema-direita na Alemanha e sobre Portugal lembra algo que nos deveria fazer a todos pensar muito bem:
"Isto para mim é bastante assustador, ainda mais nos jovens. Ouvir pessoas mais velhas, que ainda têm resquícios do colonialismo, com esses pensamentos não me espanta tanto. Agora, ouvir pessoas da minha idade, ou mais novas, é terrível... Muitos dos militantes do Chega são miúdos com 20 e tal anos e isso faz-me muita confusão. Parece que ser rebelde, hoje, é ser de extrema-direita. Há podcasts de miúdos a dizerem coisas como: “Mulher minha não vai trabalhar!” Como assim? Que grande retrocesso, não consigo entender..."
Em pleno século XXI há alguns que querem que as mulheres regressem à cozinha, sejam obedientes aos seus maridos e cuidem da lida da casa.
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