Diz-se correntemente que somos um país de velhos. Cada vez há menos crianças, as escolas encerram portas. Teorias catastróficas dizem que por este andar em 2050 seremos só quatro ou cinco milhões porque os casais não querem ter filhos.
Somos portanto cada vez menos mas cada vez há mais falta de casas! É o milagre do desaparecimento das habitações!
E perante este flagelo da falta de casas - direito consagrado na constituição - casas que foram todas ou compradas por estrangeiros ricos ou transformadas em alojamentos locais pela classe média, vêm agora tentar atirar areia para os olhos das pessoas afirmando que o problema foi não se terem construído mais casas!
Imagino como se viverá nos países nórdicos onde é proibido construir novas casas porque tem é que se restaurar as que já existem! O nosso problema não é a falta de casas. O nosso problema foi termos permitido que se comprassem ruas inteiras, que se despejassem as pessoas para fora das suas cidades, inflacionando os preços de forma absurdamente especulativa. As casas devem ser para as pessoas viverem, e não para servir de teto aos turistas e enriquecer quem já tem onde viver faustosamente.
E não são precisas novas casas, é preciso sim mas é que se restaurem as que estão a cair de podres.
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