quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Presidenciais 2016 - Declaração de voto

Não vi nenhum debate, nem podia, pois não tenho televisão, mas isso logicamente que não serve como desculpa, pois se tivesse verdadeiro interesse facilmente os encontraria na internet. Mas não tenho paciência, tenho mais do que fazer. Também assumo que não conheço a fundo todos os dez candidatos, enquanto que por outro lado conheço muito bem um certo candidato que defende uma coisa e o seu oposto, e na dúvida quer um referendo sobre o assunto.  

Os pré-requisitos para se ser presidente da república são, a meu ver, patéticos para não dizer mesmo inconstitucionais. Como é que somos todos maiores de idade aos 18 anos, e segundo a Constituição temos todos os mesmos direitos, e depois, para se poder ser presidente da república, tem de se ter mais de trinta e cinco anos? Como é que é possível? Alguém me explica porquê? 
Pior, existe uma idade mínima, mas não existe um limite máximo. Durante estes anos todos, temos tido um reformado - que se sempre se queixou que não consegue viver com 15 mil euros/ mês! - em regime de voluntariado, e que há muito vem dando mostras da sua senilidade. O que eu acho é que nenhum presidente, em idade de reforma poderia ocupar o mais alto cargo da nação. Todas as pessoas chegam aos 65 anos e são reformadas, vão cuidar dos netos, jogar à sueca para os parques, ou gozar o merecido descanso de uma vida. Ter um presidente da república reformado é, desde logo, estar a ocupar o lugar de uma pessoa mais jovem, que teria mais força e disponibilidade para o cargo. E é por outro lado correr o risco do avanço da idade se manifestar e termos depois de gramar um senil na presidência, que como já referi tivemos nos últimos anos.

E não parece, mas estamos perante uma eleição para a presidência da república. E não parece, desde logo porque os candidatos falam muito, de tudo e mais alguma coisa, menos daquilo que podem realmente fazer, e que diga-se, é pouco, muito pouco mesmo. Depois mais parece que estamos num campeonato de miss simpatia, de quem mais beijinhos e abraços distribuiu, de quem mais diz banalidades ou de quem come mais rissóis e croquetes. E se o que estas pessoas querem é ser primeiro-ministro então estão na eleição errada.

Como já referi, não vi os debates mas vou acompanhando as notícias na rádio, na internet e vou passando os olhos por blogues e diferentes artigos de opinião nos jornais. Mas nada disso mudou a minha opinião já formada antes mesmo do início da campanha eleitoral.




Eu não tenho filiação partidária, nem nunca tive. Nem sequer me considero democrata, sistema onde não me revejo minimamente, mas ironicamente votei sempre! E nunca deixei que os outros escolhessem por mim. E sempre votei também em eleições presidenciais. E talvez seja mais fácil votar em pessoas do que em partidos. E estou também muito à vontade, pois vou votar numa candidata que é apoiada por um partido no qual não votei nas últimas legislativas de outubro.

E o que tenho a dizer é que, no próximo dia 24, vou votar na Marisa Matias porque me parece ser a melhor escolha. E é sempre muito complicado dizer com exatidão que conhecemos minimamente as pessoas que são figuras públicas, mais ainda os políticos. Que são muitas vezes treinados até ao limite para manipular, seduzir e fazer tudo para enganar os eleitores. 

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Mas eu quero acreditar que estou a fazer a melhor escolha. Voto na Marisa Matias, primeiro porque tem a minha idade e porque estou farto de velhos senis que não sabem o que dizem no mais alto cargo da nação. Depois porque venho acompanhando o seu trabalho meritório no parlamento europeu, principalmente quando entala os senhores que defendem a austeridade para as pessoas enquanto defendem e metem o nosso dinheiro no cu dos bancos. E porque defende valores que eu também defendo. E por último, também porque é mulher, e entrando no espírito deste blogue, dizer que é, de longe, a candidata mais boa de entre todos os outros!

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