sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Capricho sentimental

Nesta sexta-feira, dia 30 de outubro de 2015, no carro e a caminho do trabalho, apanhei na rádio TSF uma pequena entrevista a Mário Dias dos Madredeus. E uma frase me ficou ali a bater:



TSF: Capricho sentimental porquê?

MD: Pronto, lá está, cantamos sentimentos. O capricho pode ter um duplo sentido. Para já, no mundo de hoje um sentimento é um pouco um capricho nesta era acelerada que vivemos e super-tecnológica e um pouco volátil. O sentimento acaba por ser a única coisa, digamos, duradoura e fiel que nós temos nesta sociedade. O resto é transitório como nós sabemos. Cada vez mais não é?
Por outro lado capricho porquê? Porque os autores - eu e o Pedro (Ayres de Magalhães) decidimos não - como sempre - não ceder à indústria, não ceder aos interesses dos média, não ceder à música fácil, e à música combatida e à música programada e e tudo isso, e mantemos no nosso barco - a remos, sem motor - e portanto é um capricho. Contra tudo tudo e contra todos. Contra este mundo contemporâneo.

E neste sexta-feira, 30 de outubro de 2015, os Madredeus lançaram o seu último disco: Capricho sentimental.

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