Segunda pessoa que recentemente, primeiro uma mulher, hoje um homem, os dois a fazer pela mesma idade, que me diz, que tem pena de não ter vivido (ainda) mais no passado. E essa resignação faz-me alguma confusão, afinal as pessoas ainda estão vivas e podem viver tudo o que quiserem já hoje. Eu diria que, não deixes para amanhã o que podes viver hoje, nem penses no que poderias ter vivido, porque o passado já foi, não volta. Viver é o presente, e nem vale a pena fazer grandes projetos para o futuro, porque no futuro muito próximo estaremos todos mortos, nem vale a pena suspirar por um passado do qual só nos restam recordações que aos poucos vão sendo diluídas no tempo.
Para quê pensar que queriam, como no caso que me contavam hoje, ser transportado para o ano 2000 e saber o que se sabe hoje? Isso não faz qualquer sentido. A vida é feita de experiências, de aprendizagens e de erros, e de escolhas, mas a qualquer momento também podemos mudar tudo e inverter o rumo as coisas, afinal somos nós o timoneiro do nosso destino. O passado não se apaga, o que está feito está feito, e perder tempo a pensar no que poderia ter sido, quando se pode hoje mesmo estar a viver da tal forma que se acha que se deveria ter vivido parece-me uma perda de tempo.
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Ou então talvez as pessoas achem que há um tempo certo para "aproveitarem a vida". Pronto agora já tenho mais de trinta anos, ou estou casado, já tenho de viver uma vidinha estúpida!" Isto faz-me lembrar da minha avó materna quando me dizia "já não tens idade para isso" como se existisse uma idade própria para isto ou aquilo, como se tivéssemos de nos preocupar com o que os outros vão pensar de nós. E é isso que eu acho, que as pessoas perdem demasiado tempo a viver em função dos outros, e a não fazer o que realmente querem.
E porque será que eu fiquei com a clara ideia ideia, que em ambos os casos o "não ter aproveitado mais a vida" foi "não ter pinado mais"? Conclusão a retirar: Aproveitar a vida é pinar!
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