Uma das coisas que mais me orgulho e, até poderia colocar no currículo, foi ter saído do Twitter quando a grande maioria ainda decidiu ficar. Sabiam que Musk o tinha destruído, até lhe mudou o nome, deixou de ser o que era e passou a ser mau, mas mesmo muito mau. Mas é sempre bom tentar continuar a ser afagado pelos milhares de seguidores e pelos coraçõezinhos. Apesar das montanhas de publicidade, apesar mentiras, dos milhares de bots, e das novas regras absurdas que mudavam consoante o que o Almíscar queria, as pessoas pessoas por lá foram ficando, entrando em negação, suportando o insuportável na tentativa de manter o pequeno consolo do afago no ego.
É muito bom estar nas redes sociais e ser afagado. É por isso que já há muito poucos resistentes, como eu, que permaneceram nos blogs, porque aqui os comentários e as interações desapareceram. As pessoas já não têm paciência para ler, quando mais abrir um link de uma notícia, quando mais agora ler textos de gente desconhecida e dar-se ao trabalho de comentar.
Ninguém consegue estar na internet a passar o dedo por mais de quinze segundos, porque é imperioso que se passa ao seguinte vídeo de gatinhos, ao seguinte vídeo de outra merda qualquer, num loop estupidificante eterno.
Até que se deu, finalmente o Êxoso. Começaram todos a debandar do falecido Twitter chamado agora de X e começaram em massa a migrar para o Bluesky onde andei no último ano e meio.
Primeiro foi o Guardian a sair, que tinha cerca de oitenta contas oficiais e milhões de seguidores mas a seguir foi o La Vanguardia e muitas outras contas importantes.
Espero que por lá, no X, fiquem apenas o Musk e o Trump e todos os maluquinhos fascistas.
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