quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Pela Igualdade de Género: o Fim das Casas de Banho para Homens e Mulheres

Estamos em Agosto, época de veraneio e as notícias de relevo minguam. Há então que encher jornais e sites com chouriços para entreter as pessoas, como por exemplo, dar eco das supostas violentas reações nas redes sociais sobre a publicação por parte da Porto Editora de uns livros de exercícios para crianças entre os 4 e os 6. 

E o que desde logo me surpreende, é que esta gente nunca se tenha insurgido, e quem sabe até, tenha criado verdadeiras milícias, para fazer visitas a lojas de roupa e lojas de brinquedos, para que tudo o que existe seja igual para meninos ou meninas! Ou para que, quando os pais ofereceram uma bola de futebol ao filho, apareça assim do nada, uma espécie de Provedor da Igualdade (lembram-se do Diácono Remédios?) para que de imediato diga aos pais: "ofereceram uma bola ao miúdo, agora por uma questão de igualdade de género, têm de lhe oferecer uma boneca cor-da-rosa"!

Mas uma vez que este tema é tão sumarento, para já, eu vou só centrar-me numa dúvida que sempre me assolou: o porquê de existirem casas de banho para homens e para mulheres?! E por que é que ninguém se revolta contra isto?! É que isto sim, é que, nos dias que correm, não faz sentido absolutamente nenhum! Senão vejamos:

- Homens e Mulheres Cagam e o cheiro é o mesmo
- Homens e Mulheres Mijam 
- Homens e Mulheres usam o mesmo Papel Higiénico
- Homens e Mulheres disparam o autoclismo e gastam da mesma água 

Tudo igual portanto. Certo?


Então porquê a separação? Mais parece que estamos no tempo da outra senhora em que havia colégios públicos para rapazes, e a alguma distância de segurança, colégios para raparigas! 

Por esta lógica, até me pergunto porque raio as casas de banho dos homens são encostadas às das mulheres? Ainda por estes dias, eu estava mesmo na dúvida! Tu queres ver que eu entrei no lado das mulheres? É que não existe uma normalização! As casas de banho dos homens poderiam ter que ser sempre à esquerda, ou sempre à direita, assim era mais fácil e uma pessoa não se confundia com a identificação que está na porta, e que muitas vezes nem se percebe se o boneco tem calças ou saia! 
E lá está, estamos de novo a descriminar! Como é que ainda não se acabou com essa simbologia? A mulher usa saia, mas também pode usar calças! Não pode ser, revoltem-se já todos nas redes sociais, e façam já queixa na Comissão para a Igualdade de Género!

Ah, mas ó Konigvs, tu não estás a ver que é por uma questão de privacidade.... 

Caro leitor - mas qual privacidade? Que privacidade é que existe, se no urinol ao lado, em que muitas vezes estamos todos quase a roçar uns nos outros, enquanto nos tentamos abstrair, não pensar em nada, para ver se conseguimos mijar em paz, e eu sei lá se não está ali ao lado um homossexual a admirar o meu sardão? De igual forma, eu tenho a certeza que uma mulher teria muito mais privacidade com um homem homossexual ao lado, que certamente não olharia para ela!, do que com uma mulher ao lado que se está a babar com as formas que tem, e se calhar até lhe pergunta se lhe pode apalpar as mamas - onde é que as comprou - porque gostaria de ter umas assim!

Só há duas hipóteses: Ou se fazem casas de banho multi-género e se acabam com os urinóis, ou se fazem casas de banho para uma só pessoa usar de cada vez. E então vamos imaginar um transsexual, parece uma mulher mas tem um pénis: a que casa de banho se dirige? E quando as casas de banho das mulheres estão com uma enorme bicha, e as mulheres decidem entrar casas de banho dos homens adentro? Quem é que está a desrespeitar quem? Nem quero imaginar se fosse um homem que o fizesse! Mas como são as mulheres, coitadinhas, que são sempre as vítimas, já podem violar a tal privacidade dos homens!


O que eu acho é que separar homens e mulheres é que não faz qualquer sentido, mas as pessoas insurgem-se violentamente contra este acontecimento irrelevante da editora, que apenas fez um manual de exercícios azul e outro cor-de-rosa. Mas e os papás, será que vestem os filhos exatamente de forma igual seja uma menina ou um menino? E compram-lhes exatamente as mesmas coisas, independentemente do género da criança?

Por mim, mais uma vez, é tudo uma questão de coerência. Revoltem-se violentamente, insurjam-se contra o que acham que está mal, tal como eu também o faço, mas façam-no em coerência. É que senão depois ninguém vos leva a sério. 

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