terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Ser de direita por preguiça

Faz hoje uma semana, fruto do grande volume de trabalho e de uns imprevistos de última hora, acabei por ter de sair hora e meia mais tarde da empresa. E fruto desta mudança de rotina acabei por apanhar no rádio do carro o Pessoal e Transmissível da TSF, e que há muito não ouvia (como se não tivesse o programa na net disponível para poder ouvir quando quiser).

Apanhei a entrevista já a meio, com um cronista português que escreve na Folha de São Paulo. E já perto do fim da entrevista, fala-se de política, o cronista diz que não inveja o futuro do novo primeiro-ministro e é então que o Vaz Marques pergunta ao cronista Pereira Coutinho:

- Como é que formou as suas convicções ideológicas? Foi pela leitura, foi por transmissão familiar... - De onde é que vêm?

Acho que foi preguiça. Eu acho que nunca conseguiria ser de esquerda, porque ser de esquerda envolve uma grande admissão de energia. É preciso ter muita energia para ser uma pessoa de esquerda.

Mudar o mundo dá muito trabalho...

Mudar o mundo dá muito trabalho e indignação permanente. Eu não tinha essa energia. Até por razões de saúde eu não poderia ser uma pessoa de esquerda.  



"A preguiça é a mãe de todos os vícios"

Precisamente. Eu nunca que conseguiria ser uma pessoa de direita devido ao espírito inquieto que tenho. Porque questiono, porque reivindico, porque me insurjo, porque tenho um espírito lutador. Até porque sou um romântico e sonhador, apesar de há muito já não acreditar na utopia de que conseguiria mudar o mundo.

(A entrevista pode ser ouvida aqui)

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