"Não me estou a sentir bem", disse.
Começo a ficar enjoado e sinto-me impotente ao aperceber-me que vou perder os sentidos não tarda nada. E não há nada que possa fazer. De um momento para o outro apagam-se as luzes e tudo fica escuro. Não sei quanto tempo entretanto se passou. Enfiam-me montes de açúcar na boca, que caiu para o pescoço e tudo, e dou-me conta que estou (numa poltrona) de cabeça para baixo e pés para cima.
"- Está-me a ouvir?" Estou pois! Ouvia bem, mas não conseguia responder. Sei que abanava com a cabeça em sinal afirmativo, mas não falava e tudo continuava escuro. Naquele meio tempo, em que ainda não tinha efetivamente regressado, até ia jurar que houve por ali alguma sensação de agradável prazer... E aos poucos e poucos a tensão arterial volta ao normal e acordo. Tenho as mãos e braços dormentes, e passado algum tempo regressei à vidinha normal sem nenhum interesse.
Mas hoje foi um dia diferente. Hoje tenho algo para contar. Desmaiei.
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