domingo, 30 de abril de 2017

Jogo do Dia: Só gostamos de pessoas que sejam como nós?

Inquérito em jeito de passatempo no site do The Guardian:

Será que somos atraídos por pessoas como nós - mesmo quando são desagradáveis? Um ponto comum nos estudos psicológicos é que tendemos a ser atraídos para pessoas que são como nós. Mas isso é verdade mesmo quando a outra pessoa tem traços de personalidade desagradáveis? E, mais importante, o que é que as tuas respostas dizem sobre sua própria personalidade?

Quanto é que gostas de pessoas que mostram cada uma das seguintes características numa escala de 1 (extremamente desagradável) a 5 (extremamente simpático): 

a) (antagonism) conflituoso; B) manipulador; C) (grandiosity) grandiosidade (?) ; D) busca por atenção.


O resultado médio é obtido adicionando-os e dividindo por 4. Se marcaste entre 1 e 2, então tu estás na média: a maioria das pessoas acha que os hostis, manipuladores, gente que procura atenção com uma opinião exagerada de se mesmo bastante insuportável. Se o resultado deu-te 2 ou mais, então tu mesmo podes ter uma tendência para esses traços desagradáveis. 

Um estudo recente em Houston, Texas, descobriu que as pessoas que se classificam como possuindo esses traços negativos também são menos ofendidas por essas características do que o resto da população. Eles classificam esses traços como indesejáveis ​​(cerca de 2 pontos na escala de 5 pontos), não tão indesejáveis ​​quanto a maioria das pessoas os classifica (uma média entre 1 e 2). Curiosamente, o mesmo estudo descobriu que as pessoas que possuem esses traços negativos classificam características positivas como a consciência como menos desejáveis ​​do que a população em geral.

Então, sim, nós gostamos mais de pessoas que são como nós, mesmo que eles sejam bastante desagradáveis.

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Isto é extremamente curioso quando ainda ontem, em conversa, eu me questionava se seria possível eu ter um relacionamento com alguém extremamente conservador, e que votasse, por exemplo, nos partidos da extrema-direita (PSD / CDS).
Até recordo de novo quando o Torrejõn, um colega de estudou comigo, e era a pessoa do grupo com quem criei mais empatia, e me contava quando descobriu que a namorada da altura, tinha votado no Bloco de Esquerda! Um ultraje! sendo ele de extrema-direita (mas extrema a sério! PSD/CDS é para meninos!) e que achava que os pretos e homossexuais e doentes com SIDA era metê-los todos numa ilha e mandá-los pelos ares; que tinha nos Estados Unidos um exemplo de país; que defendia com unhas e dentes as touradas. Tudo coisas que eu abomino!

Mas não estou certo que pessoas com diferentes visões do mundo não se possam apaixonar. Mas acho que não será fácil. Uma pessoa que tem uma visão do mundo completamente diferente da nossa, não nos vai conseguir compreender, ou não vai conseguir ver as coisas do nosso ponto de vista, e se não nos sentirmos compreendidos, será que nos conseguimos sentir amados? Não sei. Dificilmente.

Por isso estes estudos chegam à conclusão, óbvia, que gostamos mais de pessoas que são como nós.

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