quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Ano e meio de outra coisa qualquer

E já passou um ano e meio. Assim num piscar de olhos. 

À medida que vamos envelhecendo mais depressa passa o tempo, pelo menos é o que eu sinto nesta fase da minha vida. Tudo passa cada vez mais rápido. Uma semana parece que passa num só dia. Um mês parece que passa numa semana, e um ano inteiro, todas as quatro estações parece que passam em quatro rápidas semanas. 

E já passou um ano e meio de outra coisa qualquer. Passou também um ano e meio desde que decidiste desaparecer sem aviso prévio, sem ao menos te dignares a dizer-me porquê. Aconteceram-me algumas coisas engraçadas neste ano e meio, outras se calhar sem graça nenhuma. E a ti aconteceu provavelmente  o mesmo. Provavelmente acontece o mesmo a toda a gente não é?


E não foi preciso tomar nota... Não anotei na agenda, no dia 4 de fevereiro de 2016: "escrever texto a publicar no blogue acerca de ter passado um ano e meio de outra coisa qualquer". Não, definitivamente não. Lembrei-me. Há datas que me lembro e até nem queria, há outras que me escapam. Olha, por exemplo, este ano, só no dia seguinte me lembrei do aniversário do meu pai... e é muito curioso, porque no dia seguinte, apercebi-me que no dia anterior não estive nada bem mesmo... Ninguém soube - não tem de saber não é? - mas só eu sei como estive. Mais ninguém. Mais ninguém se interessa não é?

Mas o que interessa é que eu me lembrei. Hoje mesmo. Quando ia a galope para o trabalho, e é engraçado pois vou sempre tão devagar, e hoje até carreguei um pouco mais no pedal - porque terá sido? - e pensava "já faz hoje um ano e meio que por lá estás a trabalhar... tal como faz também o mesmo ano e meio desde que a outra senhora desapareceu..." Sem deixar rasto que eu pudesse ter seguido. Desapareceu sem olhar para trás. Desapareceu simplesmente. 

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