quarta-feira, 30 de abril de 2014

A minha mulher mandou-me às maias!

Via Pinterest
É muito interessante analisar que, muitas datas, sem sequer estarem no calendário, nem se fazer publicidade delas dois meses antes, as pessoas lembram-se sempre delas, ainda que não saibam porque se celebram.

A meio da manhã, dois senhores, com idade para serem meus pais, vinham a conversar, num caminho pelo monte, que passa atrás de minha casa. Conversa vai, conversa vem: "a minha mulher mandou-me às maias, e nem sei onde as vou arranjar" dizia um deles. 

Refletindo um pouco, esta tradição é fácil de se lembrar, no fundo, basta um qualquer inocente lembrar-se, trazer um braçado de giestas na mão e meter em tudo que é sítio, para que no burgo todos fiquem a saber que "têm de ir às maias!

Esta tradição das "maias" é mais um fenómeno do paganismo que a igreja católico-hipócrita-romana açambarcou como sendo sua, tal como fez com o Natal e com a Páscoa por exemplo, e que nada têm a ver com o cristianismo. E de um ritual pagão, passa-se rapidamente ao dogma religioso. E eu nem quero imaginar, o que me irá acontecer hoje - sabe-se lá que coisa ruim me irá empecer! - por não ter, ao contrário de todos os meus vizinhos, enfiado um bocado de giesta no buraco. Em todos os buracos diga-se! Se antigamente só se viam nos buracos das janelas, hoje em dia é mesmo em tudo que é sítio! É nas janelas das casas, é nas caixas do correio, nos portões... A paranóia pelas maias é tanta, que é ver os parolos, parados em plena auto-estrada, subir o monte, para ir cortar um bocado de giesta! E mal pára um parolo, param logo meia dúzia deles, todos contentes! 

Mas o sítio onde acho mais piada a meterem as maias é nos carros! Muito eu gostava de saber o que aquela gente pensa! O carro vai quê? Ficar abençoado? Eu nem quero imaginar, sabe-se lá, onde esta gente enfiará enfiará o ramo da giesta! Com bom lubrificante não sei não!

A ignorância é de facto uma bênção! Anda-se no mundo por ver andar ou outros. Ninguém se questiona, nem se pergunta, fazem-se as coisas simplesmente por se ver os outros fazerem. E eu como tenho o péssimo defeito de pensar pela minha cabeça, e a trinta de abril, prefiro deixar as flores amarelas onde estas devem estar: nas giestas e no monte.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Histórias do meu avô - O Tavares

Sempre gostei de ouvir as histórias do meu avô materno, o único avô que conheci. Nos últimos anos as histórias repetiam-se, já as conhecia de cor, mas nunca me cansei de as ouvir mais uma vez, talvez por saber que um dia iria sentir saudades de as ouvir  pela voz do meu avô.

Por estes dias, andava a trabalhar no jardim, no caso a acartar umas pedras, e de imediato lembrei-me da história do Tavares!

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O meu avô andava na escola, a preparar-se, já em adulto, para fazer o exame da terceira classe. Certo dia a professora pergunta a um seu colega:

- Um a e um i Tavares? 
- Soco minha senhora! 
(Nunca percebi o que o homem quereria dizer com isto, e acho que o meu avô também não)
- Ò Tavares, vamos supor que o Tavares anda trabalhar, a tombar uma pedra, e atraca-se. O que é que  o Tavares diz?
- Fôôôôôôda-se! (Enquanto o dizia, abanava rapidamente a mão,batendo com indicador no dedo médio!)

domingo, 20 de abril de 2014

Lost - Banda sonora - Downtown

Um mês depois, cheguei à terceira temporada de Lost. O início deste primeiro episódio mostra-nos uma nova personagem, Juliet, uma bela loira de olhos azuis, muito simpática, ao som de "Downtown". 


Downtown - Petula Clark - 1964

Na sala de espera

- "Pode descer e aguardar".

Assim fiz. Desci as escadas e mal cheguei ao corredor que desagua na sala de espera, já este estava cheio de gente, com pessoas ocupando todos os lugares sentados e com muitas outras pessoas de pé, espalhadas pelos cantos. Atravessei o corredor e dirigi-me para a sala de espera, também ela lotada e com pessoas de pé encostadas às paredes. Pousei a mochila no chão, e fiquei ali, de pé, no meio daquelas pessoas que estavam encostadas às paredes, e de frente para a plateia que estava sentada, de frente para mim, aguardando a sua chamada. 

Assim que alguém libertou um lugar junto à parede, preenchi-o eu, encostando-me também à parede.
Nas salas de espera, espera-se. Na falta de algo que nos entretenha, como o livro que não levei, ou  a bugiganga eletrónica que não tenho, ocupa-se o tempo a olhar para as pessoas que estão no nosso campo de visão, e para todas aquelas pequenas coisas que vão acontecendo. Chega uma jovem, com a sua bugiganga eletrónica na mão, e na ausência de um lugar sentado, senta-se de imediato no chão na maior descontração. Mais tarde, arranjando um lugar sentado, mantendo o mesmo à-vontade, reclina-se na cadeira, sentando o cu na extremidade do assento, e contrabalançando o reclinar das costas com as pernas esticadas. 

As pessoas vão envelhecendo e perdem aquele à-vontade, pensei. Não é socialmente correto e as pessoas acabam por se auto-censurar. Provavelmente, daqui por uns anos, a jovem deixará de poder sentar-se no chão, e reclinar-se na cadeira como uma criança, porque afinal terá de se comportar, como os outros esperam que ela se comporte, no fundo, agindo adequadamente para a sua idade. Conforme vamos envelhecendo, ninguém nos diz o que podemos ou não fazer, mas cada pessoa sabe o que tem de fazer para aceite pelos outros. 

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Uma outra jovem, lá na última fila de cadeiras, estava de frente para mim, e obrigava-me a cruzar vários olhares com ela. O meu olhar circulava por diferentes pontos no infinito, mas invariavelmente lá acabava por encontrar o seu rosto, como se tivesse um qualquer efeito magnético sobre mim. Ainda assim, alguns olhares, por vezes, tornavam-se desconfortáveis, quando de repente, ao longe, fixávamos o olhar um no outro e depois algum dos dois tinha de o desviar.
A partir de quantos décimos de segundo é que as pessoas pensarão que estamos a olhar fixamente para elas? Deixámos de ser crianças, já somos adultos, e sabemos que temos de estar a olhar para todos os sítios, menos fixamente para os olhos das pessoas, se não ainda pensam que estamos armados em parvos.

A jovem que estava no meu campo de visão, tinha os cabelos escuros pelos ombros e os olhos também escuros. Do meu ângulo de visão só a via do tronco para cima, e via um grande saco preto e branco em cima das pernas. Tinha uma camisola branca ou beije, com um casaco fino da mesma cor, ambos de malha. Avaliando só por aquelas peças de roupa, e porque nós também comunicamos com os outros pela postura e forma de vestir, e eu diria que seria uma jovem um tanto ao quanto conservadora. No entanto depois das pessoas que estavam na sua frente terem saído, pude ver que tinha umas calças justas camufladas e umas sapatilhas verdes, e na verdade aquilo baralhou um pouco a primeira impressão.

Outras personagens foram chegando e entraram também no meu campo de visão. Um homem moreno, mais velho que eu, de cabelos compridos, pelos ombros, e barba, vestindo um tipo de roupa que eu mesmo poderia vestir. Trazia umas calças castanhas, com bolsos na frente, e um casaco de malha. Algum tempo depois entrou uma jovem, toda vestida de preto, de lábios grossos e sorriso fácil. Não sei porquê, mas fiquei com a ideia de que seria boa pessoa. Se calhar caio no engodo de achar que todas as pessoas que sorriem facilmente são boas pessoas. Talvez esteja errado, ou talvez a senhora fosse mesmo boa pessoa. Rapidamente começou a trocar impressões com outras pessoas, mais velhas, que estavam sentadas junto de si, e se era de sorriso fácil, também era de conversa fácil. Também reparei que ela captou as atenções do senhor, mais velho que eu, de cabelos compridos e barba. 

Para lá e para cá, caminhava um outro jovem, ao telemóvel, exibindo umas sapatilhas de uma conhecida marca de bicicletas. Uma outra jovem, que eu identifiquei com a tipicamente beta, levantou-se para ir beber água, e quase espetou com a geringonça dos copos no chão. Um décimo de segundo depois, e eu ter-me-ia oferecido para a ajudar, mas ela lá conseguiu encastrar tudo no sítio. 

Até que chamaram a jovem lá do fundo, de cabelos e olhos escuros. Já teria passado mais de meia hora, e eu impaciento-me quando tenho de esperar. Pouco depois chamaram por mim. Entrei e dirigi-me à pessoa que me iria atender. Coincidência das coincidências, ao meu lado esquerdo, lá estava a jovem de cabelos escuros e olhos escuros. 

Minutos depois saí, atravessei toda a sala de espera, e depois fiquei a refletir. Poderemos realmente saber alguma coisa das pessoas, unicamente por aquilo que elas comunicam connosco, só pela postura e pela linguagem corporal? E qual será a impressão que eu provoco nos outros com a minha presença? Que é que aquelas pessoas da sala de espera, que me observaram porque fiquei no seu ângulo de visão, ficaram a pensar daquele jovem, de cabelos loiros, de calções camuflados e camisola de manga curta? 
Fiquei também a pensar, que certa vez, uma pessoa, que provavelmente nunca conhecerei pessoalmente, certa vez me disse: "se te visse na rua, nunca na vida que diria que serias a pessoa que és". 

quinta-feira, 17 de abril de 2014

A barba e as gaijas

Muito se tem falado de barba nos últimos tempos. No ano passado saía a notícia de um estudo australiano, que referia que as mulheres sentiam-se mais atraídas por homens com barbas. Outra notícia referia ainda que "a barba faz bem aos homens", porque protege a cara dos raios solares, diminuindo assim (supostamente) os riscos de cancro de pele, e constata ainda o óbvio, que a barba combate o envelhecimento da pele. Se o sol envelhece a pele, se a protegermos, seja lá com o que for, esta ficará protegida, logo não envelhecerá tão rapidamente - era preciso um estudo científico para chegar a essa conclusão?  

Há uns meses foi uma amiga minha a dizer-me "olha que as barbas compridas estão na moda"! "Oh diabo", pensei, não me digas que agora os gaijos todos vão agora fazer-me concorrência! Meto já uma lâmina na cara! E sem ter feito qualquer estudo - científico! - ao que parece estava certo, mas já lá vamos.

Hoje saiu mais uma notícia sobre as barbas dos homens, e com direito a primeira página no Diário de Notícias.


"Alto lá, isto interessa-me"! Fui-me inteirar da notícia, e desde logo constatar que o título é sensacionalista. Segundo mais um estudo australiano - estou a ver que na Austrália não há nada mais importante para se estudar! - chegaram à conclusão, mais uma vez, do que me parece bastante óbvio!

Então é assim, chegaram à brilhante conclusão, que as mulheres tendem a preferir o mais raro, ou seja, quando a maioria dos homens rapa a cara, o mulherio fica logo húmido quando vê um gaijo de barbas, por outro lado, quando estão rodeadas por uma maioria de homens com pilosidades proeminentes, as senhoras passar sentir-se mais atraídas por caras-pele-de-golfinho!

Façam lá um estudo sobre isto: um gaijo entra num bar, e se estiverem dez mulheres, nove loiras oxigenadas e uma de cabelo preto, para quem é que um gaijo vai olhar primeiro?! Vai uma aposta como, mesmo sem estudo científico, eu sei para quem é?

domingo, 13 de abril de 2014

A "escola de excelência"

Passava os olhos pelas capas dos jornais, e o cherne Durão, ex-comunista e ex-primeiro-ministro, que abandonou o país, para ir nadar em águas europeias, bem mais ricas que aquilo que as nossas lhe poderiam dar, vem agora, com grande lata, falar da "cultura de excelência" da escola de Salazar. Ainda por cima escolhe o momento certo, quando estamos a duas semanas de comemorarmos os quarenta anos de 25 de abril. E como eu não acredito em coincidências...

Deus, sempre amigo dos fascistas!

Eu já nasci depois do antigo regime ter caído da cadeira, não vivi nesse tempo, mas tive pais e avós, e sei muito bem, ao contrário de alguns, que sempre viveram numa bolha e protegidos da realidade o que se passava na altura. A cultura de excelência da escola dos fascistas, era uma criança ter de andar a trabalhar no campo de manhã bem cedo, para ajudar os seus pais, e depois ir para a escola quando calhasse, além de suja, na maioria dos casos descalça, pois a maioria das pessoas, nem dinheiro tinha, para poder comprar um par de sapatos para dar aos seus filhos.

São tão lindos os "pretinhos" - não são?

A cultura de excelência da educação nos tempos de Salazar era tal, que a larga maioria das pessoas era analfabeta! E com muita sorte, as crianças naquele tempo, tinham a oportunidade de fazer a quarta-classe, mesmo que tivessem capacidades para muito mais. Ainda hoje é o dia, que a minha mãe se lamenta, de não ter tido a oportunidade, de ter podido estudar e fazer mais do que a instrução primária. Olha que sorte teve ela teve em viver na "cultura de excelência" fascista!

Propaganda fascista nos livros de instrução primária
E tu cherne, também  ias para a escola descalço, ou caminhavas com sapatinhos de burguês? 

segunda-feira, 7 de abril de 2014

E se eu estiver morto?

Hoje podia ter morrido. Talvez até tenha mesmo morrido e ainda não sei, tal como a Grace (Nicole Kidman) em "Os outros" não se apercebeu que estava morta, e era ela a intrusa que assombrava, sem saber, os habitantes daquela casa, e não o contrário. Ou como o Malcolm (Bruce Willis) que no filme "Sexto sentido", não se apercebeu que o menino com quem conversava, e que dizia ver pessoas mortas, via-o e conversava com ele, porque ele mesmo também estava morto, e era ele, sem saber, que procurava ajuda junto daquela criança, que tinha a faculdade de comunicar com os espíritos, e não ele, que estava a ajudar a criança como seu psicólogo. 

Na volta a casa explodiu mesmo, eu morri, simplesmente ainda não me desprendi de vida terrena. Ou então estou mesmo vivo porque hoje ainda não era o meu dia.


O primeiro dia - Sérgio Godinho - 1978

Coisas da Ex

Quem já passou por uma relação de muitos anos, sabe que, quando as coisas acabam, reunimos uma série de objetos que nos liga à outra pessoa, pois durante esse tempo, passaram muitos aniversários, nossos e da data em que se começou, sem contar que, muitas vezes, até recebemos ofertas, sem que seja precisa uma data especial. 

Esta semana andava a arrumar a casa, e dou de caras com um saco que já tinha posto em cima de um móvel há uns tempos, e quando olhei para ele de novo, já nem sabia do que se tratava. Um saco plástico, com uns chinelos azuis, e roupa de trazer por casa da outra senhora. 

A relação acabou, mas nunca me senti impelido, a reunir todas as coisas e a desfazer-me delas. Há até quem decida queimar tudo, como se num passe de mágica, todo aquele passado com aquela pessoa desaparecesse, e tudo o fogo exorcizasse. Mas não, pode-mo-nos livrar de tudo, de todas as tralhas, prendas, cartas e fotografias, que nunca apagaremos da nossa vida aquele longo período de tempo. Por vezes, era bom que fosse assim tudo tão simples, mas não é. Teremos sempre de viver, para o bem e para o mal, com o sucesso ou o fracasso das nossas escolhas, e muitas vezes, o medo do insucesso, assombrar-nos-à várias vezes de novo no futuro, e isso vale para tudo na vida, e não só nas relações com os outros.

Via Pinterest
Claro que reuni as tralhas todas num caixote (acho que foram dois), e arrumei-as bem arrumadinhas, porque um gaijo não quer estar sempre a tropeçar em coisas do passado. Mas muitas outras coisas banais, como a roupa por exemplo, é-me completamente indiferente, e nem sequer me lembro disso, é algo automático. Visto uma peça que me foi oferecida, com a mesma naturalidade, com que visto uma peça comprada por mim. É roupa, gosto das peças pelo bem que (acho) que me ficam, e não vou passar a odiá-las de um dia para o outro, só porque passei a ver a pessoa que ma deu com outros olhos.

Não sei se há dados sobre isto, mas é muito provável que a malta da psicologia, que se dedica a estudar estas coisas, saberá se existem padrões de comportamento. Não sei se serão mais os homens ou as mulheres que guardam ou se desfazem das coisas, ou se nem sequer tem nada a ver com sexos, e seja simplesmente uma questão de personalidade, de se ser mais ou menos apegado às coisas, de se gostar ou não de acumular tralhas. 

É provável que um dia me desfaça de todas aquelas coisas pessoais... mas não estou certo disso. De qualquer das formas, tê-las hoje, não significa, que mantenho, secretamente, a esperança, de um dia voltar ao local onde fui feliz. Não, pelo contrário, desse passado quero, e felizmente tenho tido distância. Acho que tenho as gavetas do meu passado muito bem arrumadinhas, embora isso não signifique que me tenha esquecido dele. E ainda bem que não esqueci, pois é principalmente com os fracassos que podemos aprender alguma coisa, para não voltarmos a cometer os mesmos erros. 

Ainda assim peguei naquele saco, com os chinelos azuis e a roupa de trazer por casa, e resolvi mandá-los para o lixo. Já cheiravam demasiado a mofo. 

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Lost - Banda sonora - Make your own kind of music

No fim da primeira temporada, alguns sobreviventes da ilha construíram uma jangada para tentar encontrar algum barco e conseguir ajuda. Entretanto novos mistérios acontecem a toda a hora. Rousseau, uma francesa que está na ilha há 16 anos, e que matou toda a sua tripulação por acreditar que eles estavam doentes, avisa os sobreviventes que os "Outros" vêm aí. Ela ouve-os sussurrar na floresta, e viu de novo uma coluna de fumo negro, tal como havia visto quando vieram roubar a sua filha Alex há 16 anos, e acha que vêm roubar agora o bebé de Claire. Lock, com a ajuda de Boone (que entretanto morreu) descobriram uma escotilha mas não a conseguiram abrir. Lock teve de contar sobre a existência desta escotilha, e com a ajuda da francesa foram buscar dinamite. Pelo meio aparece o monstro do fumo preto, que agarra Lock e este é, aparentemente salvo por Jack e Kate. Aparentemente, porque Lock, com a sua fé inabalável, acredita que a ilha lhe dirá sempre o que fazer. Com a dinamite, rebentam a escotilha, e a ideia é juntar todos os sobreviventes lá dentro, para se esconderem dos "Outros". E a primeira temporada acaba, com Jack e Lock, de tochas na mão, a olhar para o fundo da escotilha.

E a segunda temporada começa ao som de "Make your kind of musica". A propósito, grande episódio.


Make your own kind of music - Mama Cass Elliot - 1969

terça-feira, 1 de abril de 2014

Conta-me mentiras novas

Passam hoje três anos, nem de propósito, era dia 1 de abril, dia das mentiras, e estávamos a dois meses das eleições, em plena campanha eleitoral portanto. Passos Coelho visita uma escola, e é questionado pelos alunos, sobre os rumores de que o PSD se prepara, se for governo, para cortar salários e subsídios de férias e destruir completamente o Estado Social. Com a maior lata do mundo, e mentindo com todos os dentes que tem na boca, diz que são tudo invenções e que "isso é um disparate".


A mentir com todos os dente que tem na boca, mais de dois milhões de portugueses (2159181) no período mais difícil da nação, escolheram para conduzir os destinos do país, o candidato, que além de ser o mais mal preparado de todos, é um verdadeiro ladrão mentiroso-compulsivo.

Três anos de muitas mentiras e muitos roubos depois, vamos voltar a ter eleições em Portugal, é já no próximo mês, e estou para ver quantos milhões de idiotas continuarão a votar nos mentirosos de sempre.